Em 6 de fevereiro de 2015, como sabemos, houve uma chacina no bairro do Cabula, em Salvador, onde 13 jovens negros da periferia foram mortos. A justificativa foi de que esses jovens estavam armados, que assaltariam um banco e além de terem envolvimento com o tráfico de drogas, teriam recebido os ditos “homens da lei” com tiros. Contudo relatos das testemunhas e moradores nativos do bairro desconstroem essa justificativa e apontam que os rapazes estavam desarmados e rendidos no momento da execução.
Nós, enquanto entidade do movimento estudantil, lutamos pela aprovação do Projeto de Lei (PL) 4471/12 para que casos como a chacina do Cabula sejam investigados e não passem despercebidos e acobertados pelos Autos de Resistência que legitima a repressão policial (que mesmo não sendo lei é amparado pelo artigo 292 do Código de Processo Penal Brasileiro, por exemplo), – e autorizou a Rondas Especiais (RONDESP) na Vila Moisés, Estrada das Barreiras, no Bairro do Cabula – a matar com o argumento de que a chacina teria sido inevitável e que essa ação foi e é uma defesa polical, possibilitando uma versão (adotada pelo Estado) que apenas justifica a ação policial, estimulando essa relação de poder dominador–dominado. Sendo assim, mais uma vez estamos diante de uma situação onde tudo indica o não cumprimento da investigação criminal e administrativa aos policiais responsáveis pela chacina.
Repudiamos a fala do atual governador do Estado da Bahia, Rui Costa, pela infeliz comparação da ação policial com gols de artilheiros, contradizendo o seu discurso durante a campanha, posse e o próprio partido em que foi eleito. Existe, nesse cotexto, uma grande participação da Juventude Negra que luta pela vida de jovens negros e negras, pelo protagonismo ativo desses jovens na sociedade e que repudiam atitudes como essa de normalidade e neutralidade diante a execução de tantas vidas. Seria fundamental que o governador se retratasse com a sociedade e principalmente com a família dos jovens que estão em sofrimento e querem respostas.  Repudiamos ainda a fala do Deputado Saldado Marcos Prisco (vice-presidente da comissão de direitos humanos da Assembléia Legislativa da Bahia) pela sua fala desumana e estimulante da violência para com as comunidades e periferias. E o Secretário de Segurança Publica (Maurício Barbosa) que parece não compreender que a morte de jovens negros não tem nada haver com defender a vida da sociedade.
O que questionamos ao é Estado é: Até quando a juventude negra e periférica será morta? Até quando um grupo de negros reunidos será formação de quadrilha? Até quando o alvo da PM serão negros e pobres? Até quando haverá o genocídio da juventude negra? Até quando vamos sentir insegurança com a presença da PM? Até quando o Estado será RACISTA?
Postado por Caio Cezar Oliveira Às 10:37 Veja na íntegra
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Postado por Caio Cezar Oliveira Às 17:01 Veja na íntegra
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